ASJ alerta para risco de contaminação com fluxo de processos e portas abertas

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Preocupada com o aumento exacerbado no fluxo de processos físicos no Fórum Central de Porto Alegre nesta semana, a Associação dos Servidores da Justiça do RS (ASJ) alerta sobre o risco a que estão expostos servidores do Poder Judiciário, magistrados, funcionários, advogados e pessoas que com eles convivem. Afinal, além da aglomeração de pessoas, há a questão da permanência do coronavírus por mais tempo nas páginas dos processos, que têm superfície porosa.

Na tarde desta sexta-feira (4/9), primeiro dia de portas abertas desde o início da quarentena em Porto Alegre, fila de veículos formou-se no drive-thru do Novo Fórum Central, estendendo-se além da Avenida Ipiranga. A fila de advogados seguia desde a porta principal do Foro Central II pela calçada até o fim da quadra, muitos deles carregando grande volume de processos. O fato preocupou a diretoria da ASJ que vem acompanhando o assunto de perto e junto à Administração do Tribunal de Justiça.

Segundo o presidente da ASJ, Paulo Olympio, em 29 de junho, as comarcas do Rio Grande do Sul computava 11 casos de Covid entre os servidores do Judiciário. Em 28 de agosto, o número subiu para 88. “Em 60 dias, pulou de 11 para 88. É um dado que nos preocupa porque as confirmações de casos foram alavancadas, e ainda não estamos em queda em Porto Alegre. O que vivemos é um momento de platô que requer atenção e resguardo”, ponderou Olympio.

A diretoria da ASJ mantém preocupação com a retomada do trabalho presencial do Poder Judiciário tendo em vista a grande circulação de pessoas pelos prédios, envolvendo tanto servidores quanto magistrados, advogados, prestadores de serviço e as próprias partes. A Administração do TJ vem dialogando com as entidades  dos servidores a questão da retomada do trabalho presencial, já estando marcada nova reunião para o dia 11 de setembro. 

Uma das recomendações encaminhadas pela ASJ e embasada nas exigências de Órgãos Internacionais de Saúde foi a implantação de guichês de trabalho isolados. Outra conquista foi a instalação de vidros extras sobre os balcões de atendimento de forma a proteger os servidores e usuários do Poder Judiciário de um contato frontal. Feito pela ASJ por meio de ofício em 17 de março, o pedido de estrutura extra já foi atendido. 

Fotos: Carolina Jardine