Noite de homenagens e luta nos 30 anos do Sindjus


A história de uma categoria se constrói pela vivência de muitas pessoas e suas lutas diárias. A de um sindicato, por tudo isso e mais grandes doses de coragem por parte de alguns servidores obstinados que aceitam o desafio de liderar o movimento. Foi relembrando episódios épicos e em meio a discursos aguerridos que a todo tempo entoavam o lema “Lutar é Preciso” que o Sindicato dos Servidores da Justiça do RS (Sindjus) comemorou 30 anos no dia 8 de novembro. Em solenidade em sua sede em Porto Alegre, a comemoração contou com homenagem aos fundadores, ex-coordenadores e aos associados, que foram premiados em sorteio eletrônico de térmicas, mochilas, convites para o show de Roberto Carlos e uma motocicleta.

O momento alto da festividade foi quando o atual líder do Sindjus, Marco Aurélio Weber, e o seu fundador, o hoje presidente da ASJ, Paulo Olympio, descerraram a galeria de fotos dos coordenadores. “Estamos entregando à categoria uma página histórica para nosso sindicato que homenageia pessoas que deram seu suor e o seu melhor para fazer o Sindjus o que ele é hoje”, salientou Weber. Emocionado com a homenagem recebida, Paulo Olympio destacou a dificuldade de criação do movimento em 1988, quando ainda existia muito medo dos colegas de unirem-se a um sindicato. “Naquela época, tínhamos a ASJ que era uma entidade com grande potencial de mobilização de base e o sindicalismo que estava nascendo. O movimento do funcionalismo tinha a ideia de criar um sindicato único para os três poderes. Isso deu um grande debate e decidiu-se criar um sindicato por poder, que, mais adiante, se desmembrou porque era um universo muito grande. Essa foi a primeira grande discussão que tivemos que vencer: a garantia de ter um sindicato só nosso”, frisou, lembrando que a assembleia de fundação do Sindjus contou com 173 pessoas. “Tínhamos uma ata, um monte de papel e mais nada”, citou, ressaltando que faltava estrutura mas sobrava empenho dos colegas em construir um movimento sólido. E alertou: tempos difíceis estão vindo pela frente. “Só espero que esses tempos que se avizinham não representem a volta daquele momento em que o sindicato estava nascendo, quando o direito de greve era crime”.

Com o desenrolar dos discursos, foi referido que os dirigentes estampados na galeria representam mais do que a história do sindicato, mas dezenas de pessoas que integraram cada uma de suas diretorias e milhares que, ao lado deles, encamparam as causas do Judiciário gaúcho.  Em um momento inédito na história do Sindjus, os ex-coordenadores alternaram-se ao microfone, cada um buscando relatos de seu tempo à frente do sindicato:  Cleonice Cougo, João Victor Domingues, Claudemir Oliveira, Valdir Bueira, Magali Bittencourt e Valter Macedo. Ausente à solenidade mas não menos importante, a ex-presidente do sindicato, Lúcia Caiaffo, foi enaltecida e aplaudida pelos presentes.

Presente ao encontro, o diretor da ASJ Aguinado Sotto Mayor Prates anunciou sua refiliação ao Sindjus depois de anos afastado. Emocionado, o dirigente que esteve na luta nos primeiros anos de Sindjus, conclamou. “Peço que tenham amor a esse sindicato, mas pensando em nós. Porta para dentro, temos que ver nossas convergências. As divergências a gente deixa da porta para fora”.

 

Informações Adicionais