Conselho de Administração do IPE Saúde deve ser nomeado em outubro

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O Conselho de Administração do IPE Saúde, que desde a reestruturação do instituto em 2018 segue sem nomeação, deve ser constituído até o dia 9 de outubro. A informação foi dada pelo presidente da autarquia, Marcus Vinicius Vieira de Almeida, durante a reunião semanal da União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública desta segunda-feira (21/9). O conselho possui paridade entre servidores e indicações dos Executivo, que juntos recebem autorização para fiscalizar as decisões do IPE. “O Conselho de Administração é o principal organismo do IPE e não tenho interesse em inverter essa hierarquia”, ressaltou Almeida, esclarecendo que considera a Diretoria Executiva apenas como a gestão do instituto.

Segundo o presidente, é necessário reforçar os progressos que foram alcançados no seu primeiro ano de gestor. “Tivemos avanços em algumas receitas e cobranças de créditos que o IPE Saúde tinha com alguns poderes. Neste primeiro ano, conseguimos fechar um semestre com uma receita arbitrada de R$ 12 milhões”, disse. Além disso, Almeida ainda elogiou o quadro de pessoal que hoje atua no instituto. “Temos uma equipe de muito valor, no entanto, reduzida e que precisa de reforço”.

Ao decorrer da reunião, os conselheiros da União Gaúcha puderam indagar questionamentos ao gestor da autarquia. O vice-presidente da Associação dos Servidores da Justiça do RS (ASJ), Luís Fernando Alves da Silva, criticou a venda de imóveis do instituto por parte do Executivo. “O governo estadual resolveu pegar para si todos os imóveis que pertenciam ao fundo à saúde”, ponderou. A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas do RS (Sinapers), Kátia Terraciano Moraes, criticou a demora do Executivo em nomear o conselho de paridade. Almeida argumentou que a indicação não dependia somente do governo. 

Outro tema debatido no encontro foi a falta de assistência médica no interior. O colegiado afirmou que constantemente recebem reclamações de servidores que precisam viajar até Porto Alegre para conseguir atendimento. De acordo com Almeida, a gestão do instituto tem buscado repor algumas dívidas incontroversas junto ao Executivo, que podem auxiliar no pagamento dos prestadores de serviços, como os hospitais. No entanto, na opinião do presidente, o instituto não remunera mal os médicos. “Se hoje os créditos do IPE Saúde estivessem todos em caixa, não teríamos dívidas com os prestadores”, afirmou. 

Para o presidente da ASJ, Paulo Olympio, a notícia que o Conselho de Administração será nomeado foi recebida com entusiasmo pela entidade. "Estamos aguardando esse momento há dois anos, o diálogo entre governo e servidores deve ser feito de forma contínua e o conselho é uma oportunidade para isso", frisou.