Participação feminina na política e no sindicalismo intensificam debate virtual

A resiliência feminina na atuação política, sindical e social levantou os ânimos durante debate virtual na noite desta quinta-feira (16/9). Com participação de mulheres que integram a luta por um mundo mais igualitário entre os gêneros, o encontro que faz parte da programação do DTG Morro da Tapera nos Festejos Farroupilhas 2021 foi marcado por falas contundentes, opiniões fortes e troca de experiências. A presidente da Ação da Mulher Trabalhista e vice-presidente nacional do PDT, Miguelina Vecchio, defendeu que nem sempre a representação feminina na Câmara de Deputados e no Senado Federal está ao lado do movimento feminista. "Vale ressaltar a frase da Simone de Beauvoir: não basta ter nascido do sexo feminino. Precisamos ter um olhar para o mundo que contemple e respeite as outras mulheres", afirmou.

A atuação das mulheres no sindicalismo também ocupou as reflexões da noite. Em um ano marcado pelo sistema on-line de aulas, a presidente do CPERS-Sindicato, Helenir Schürer, destacou a força dos professores e das professoras que precisaram se adaptar mesmo sem auxílio do governo estadual. “Nós, que somos uma categoria formada basicamente por mulheres, fomos surpreendidas no ano passado quando suspenderam as aulas, com o sistema remoto e sem ter muita habilidade nas redes. Tivemos que aprender para desenvolver o nosso trabalho, e desenvolvemos”, pontuou lembrando que os educadores não receberam os aparelhos eletrônicos necessários para dar continuidade ao aprendizado da escola.

Para construir uma sociedade mais igualitária, é necessário levar educação e oportunidades para as comunidades periféricas. Essa é a missão da professora aposentada e voluntária Denise Mendes, que por meio do projeto Mãos Dadas alfabetiza mulheres adultas residentes do bairro Bom Jesus, em Porto Alegre (RS). Há nove anos atuando no projeto, Denise leva consigo o aprendizado que a escola salva vidas. “Aos poucos, fomos criando uma unidade de grupo aonde muitas vezes não éramos apenas professoras, mas sim amigas. Por isso, o nome desse trabalho é Mãos Dadas, porque sozinho ninguém faz nada”, ponderou. O debate foi mediado pela 2ª secretária da Associação dos Servidores da Justiça do RS (ASJ), Marisa Comin.

Com o tema “As Novas Anitas”, o projeto cultural deste ano celebra a atuação feminina na sociedade inspirado na história da revolucionária Anita Garibaldi. A live desta quinta-feira pode ser assistida novamente no YouTube da ASJ: https://www.youtube.com/watch?v=Trck8unK63A&t=2972s.

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