IPE deve implantar suporte domiciliar ainda em 2016

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O Instituto de Previdência do Estado do RS (IPE) deve implantar até o final do ano o Suporte de Atendimento em Domicílio (SAD). A ideia é permitir a remoção de pacientes hospitalizados mas em estado estável para suas residências, onde permanecerão recebendo atendimento dentro do IPE Saúde. O projeto já foi aprovado pelo instituto e pelo Conselho Deliberativo, aguardando agora apreciação apenas de alguns detalhes de regulamentação junto ao Conselho Deliberativo. De acordo com o diretor de Saúde do IPE, Alexandre Escobar, a expectativa é que as ordens de serviços sejam publicadas nas próximas semanas, o que viabilizaria o início do atendimento ainda em 2016.

 

Atualmente, o SAD já vem recebendo solicitações de pacientes assistidos pelo convênio. Segundo Escobar, há cerca de 70 pedidos encaminhados, nem todos passíveis de enquadramento. “Aqueles que não se enquadram nas premissas do SAD já estão recebendo resposta administrativa. Os demais devem ser avaliados assim que possível”. O SAD não deve ter limite de atendimentos, mas a previsão é de um período de teste de 12 meses para que, então, se realize uma avaliação do sistema.

Reunido na quarta-feira (19/10) à tarde com o Conselho Deliberativo do IPE, o diretor médico justificou a necessidade de alguns ajustes na operacionalização do SAD. Segundo ele, por uma questão de falta de pessoal para execução de perícias que autorizem a migração do hospital para a residência, será necessário adotar um procedimento alternativo. A previsão é que o requerente do SAD encaminhe o pleito junto com os cinco últimos dias de prescrições médicas o que, segundo Escobar, permite ao IPE fazer uma análise manual da viabilidade de fornecer o benefício. Além da exigência de estar hospitalizado, o SAD só será concedido nos casos em que o custo estimado do atendimento domiciliar for menor do que o hospitalar.

Escobar ainda apresentou as justificativas para recente aumento implementado ao PAC e ao Pames e defendeu a decisão de suspender integralmente o fornecimento de medicamentos oncológicos que não têm eficácia comprovada. Segundo ele, o Instituto optou por restringir o repasse apenas aos químicos previstos em seu regramento uma vez que pesquisas comprovam que muitas das novas drogas ofertadas, apesar de elevarem substancialmente o custo dos tratamentos,  não são capazes de impactar no curso natural da maioria dos casos de câncer. 

Durante a reunião, presidida pelo vice-presidente da ASJ, Luís Fernando da Silva, dois novos conselheiros do IPE foram oficialmente empossados. Representando a Fessergs, assumem Bayard Bernd e Antônio de Pádua Alves.