PL do IPE deve ser votado nesta quarta-feira

O projeto 116/2020, que propõe mudanças no IPE Saúde, está na ordem do dia no plenário da Assembleia Legislativa (AL) e deve ser votado nesta quarta-feira (1/7). O texto-base, que estava na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) até o dia 23 de junho, precisou ser remetido ao plenário antes da apreciação da comissão devido ao prazo de tramitação de urgência que esgotou, passando a trancar a pauta de votações da casa. Na reunião desta segunda-feira (29/6), reunidos em encontro semanal da União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública, líderes classistas destacaram a fragilidade de argumentação do governo estadual ao seguir defendendo a proposição mesmo frente às críticas dos servidores. Também se pontuou as inconsistências da proposta, que limita os poderes de ação dos servidores frente à Administração do instituto.

O texto propõe que o governo estadual escolha o diretor-presidente e os diretores administrativo-financeiro do IPE Saúde, além de realizar a indicação do diretor de provimento de saúde do instituto. Atualmente, a escolha parte do colegiado da autarquia, com representatividade dividida entre entidades e do governo.  A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas do RS (Sinapers), Kátia Terraciano Moraes, acredita que a União Gaúcha tem forças para enfrentar as constantes ameaças que questionam a paridade do projeto.

O presidente da Associação dos Servidores da Justiça (ASJ), Paulo Olympio, avaliou como negativa a manifestação do governo em resposta à União Gaúcha na última semana feita por meio da imprensa. Olympio afirma que, apesar de o Estado alegar ter feito intensas negociações com os servidores em relação ao acordo de paridade do projeto, as tratativas não foram levadas às entidades do colegiado. 

Na reunião, os dirigentes da União Gaúcha ainda cobraram participação da instituição em audiência pública que será promovida pela Comissão de Segurança e Serviços Públicos da AL para debater a parceria entre IPE Saúde e Unimed. A agenda, proposta pelo deputado Jeferson Fernandes (PT), ainda não tem data confirmada.

Crédito: Galileu Oldenburg / Agência ALRS

 

Governo aceita dividir minutas do Regime de Previdência Complementar

O governo do Estado acolheu a nota técnica da União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública (UG), que pede a divisão do benefício legal e da reestruturação de fundos civis. A proposta do Estado incentiva a migração de servidores para o Regime de Previdência Complementar (RPC). Em reunião da última segunda-feira (29/6), o secretário-geral da União Gaúcha, Felipe Leiria, afirmou que a relatoria dos projetos deve ser sorteada nos próximos dias. A UG segue cobrando mais transparência nas informações a respeito da reestruturação dos fundos civis, que ainda gera debates no colegiado. O pagamento vitalício do Benefício Especial não foi aceito pelo Estado. Segundo a vice-presidente da União Gaúcha, Juliana Lavigne, essa questão também será tratada na Assembleia Legislativa junto às lideranças do governo.

Durante a reunião desta segunda-feira, a União Gaúcha ainda anunciou a criação de um grupo de trabalho que irá discutir a inadimplência da CEEE em relação ao pagamento de ICMS. Serão ouvidos especialistas e órgãos fiscalizadores para entender a natureza da dívida para com o Tesouro do Estado.

 

TJ atende pleito dos servidores e muda data de retorno

 
Outdoor contra o retorno do expediente do Poder Judiciário em frente ao Tribunal de Justiça do Estado 

1. A ASJ INFORMA que, no dia de ontem, expediu o ofício número 598/2018-2020-GP externando ao Presidente do TJ “cumprimentos em razão da judiciosa deliberação dessa Administração no sentido de expedir a Resolução número 011/2020-P, datada de 24/06/2020, na qual fica postergada, para o dia 15/07/2020, a retomada gradual do expediente forense, com observância das condicionantes emanadas da legislação que regula o distanciamento controlado no Estado do RGS. A entidade refere, ainda, que mantém a preocupação com o reinício das atividades - uma vez ultrapassada esta segunda data - vez que a escalada de avanço dessa nefasta doença ainda estará presente na comunidade rio-grandense envolvendo mesma, ou pior, situação atualmente vivenciada, de sorte que, desde já, ficam mantidos os argumentos expendidos nas manifestações anteriores.” (clique aqui para acessar documento na íntegra).

2.RECONSIDERAÇÃO - Relembrando, informa aos associados, que a entidade solicitou, por meio do ofício 583/2018-2020-GP,  reconsideração acerca da decisão que resultou na expedição da Resolução número 010/2020-P que determinava a retomada das atividades, em caráter interno, a partir do dia 15/06, e, externo, a partir de 29/06. Além disso emitiu a nota “NÃO É O MOMENTO” divulgando o posicionamento desta entidade de classe. 

3.INDEFERIMENTO - Com o indeferimento do pleito foi deliberado na reunião da Diretoria da ASJ, da terça-feira, 23/06, renovar as ponderações anteriormente apresentadas, acrescentada de novos argumentos, objetivando sensibilizar a Administraçao do TJ sendo encaminhado o ofício 596/2020-GP.

4.REUNIÃO DAS ENTIDADES: Na quarta, 24/6, a AJURIS deu sequência a uma reunião iniciada no dia 11/06, e, a partir de sua sugestão, convidou as entidades ASJ, ABOJERIS e SINDJUS a subscreverem petição conjunta, no sentido da postergação da retomada das atividades forenses, na qual foram evidenciados uma série de questionamentos e posicionamentos tendentes a formar o convencimento da Administração, lastreados em Parecer Técnico de Biossegurança, contratado junto à uma epidemiologista, pela Ajuris, e parecer técnico obtido, pelo Sindjus, junto a um infectologista e já remetido, anteriormente, ao TJ.  

5.ALTERAÇÃO DA DATA: Com certeza, com a nova forma de classificação das cidades nos critérios de bandeiras atinentes às regiões sanitárias e as ponderações que foram formuladas pôde a Administração TJ expedir a Resolução número 011/2020-P, alterando a data da retomada das atividades para o dia 15/07.

6.OAB-RS: A representação dos advogados, que já havia postulado e obtido liminar no CNJ, para a retomada das atividades, manifestou-se contrariamente à postergação. Todavia, como já disse a ASJ, em seus arrazoados, não é o momento para a volta massiva às atividades, dado o crescente grau de contaminação reinante no território rio-grandense, circunstância que, pode, com certeza, atingir aos próprios advogados militantes. Veja aqui a nota da OAB na íntegra.

7.POSIÇÃO: A ASJ continua com o entendimento que permanecem presentes todas as questões levantadas pelas entidades de classe de modo que a cautela e a prudência determinam que não se antecipe a retomada, senão após um período que contemple uma percepção de segurança sanitária mais sedimentada.

 

Paulo Olympio – Presidente da  ASJ.

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(ASJ INFORMA Nº 32/2018-2020)

 

Fux é eleito presidente do STF

O ministro Luiz Fux foi eleito nesta quinta-feira (25/06) o novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) pelos próximos dois anos. A posse de Fux – que vai suceder ao ministro Dias Toffoli no comando do STF – foi marcada para o dia 10 de setembro, às 16h. Segundo o Estadão apurou, o ministro já está em contato com generais, em um sinal de que busca construir pontes com as Forças Armadas e o governo Jair Bolsonaro. “Na qualidade de presidente eleito do STF, quero fazer uma promessa que vem de dentro. Prometo aos meus colegas que vou lutar intensamente para manter o Supremo Tribunal Federal no mais alto patamar das instituições brasileiras. Vou sempre me empenhar pelos valores morais, pelos valores republicanos, me empenhar pela luta da democracia e respeitar a independência entre os poderes, dentro dos limites da Constituição e da lei. Que Deus me proteja”, disse Fux, em uma rápida fala. 

“Eu gostaria de agradecer a Deus, que testemunhou durante toda a minha carreira na magistratura minha devoção de amor ao bem, à verdade e à justiça. E agradeço a Deus, porque supera todos os limites dos sonhos humanos de um juiz de carreira chegar à presidência do Supremo Tribunal Federal. Então meu primeiro agradecimento a Ele.”

A votação secreta foi feita a distância, por videoconferência, na sessão plenária desta quinta-feira. O STF tradicionalmente segue o princípio da antiguidade, elegendo para a presidência o magistrado com mais tempo de atuação no tribunal e que ainda não tenha chefiado a Corte. A eleição de Fux foi antecipada para quinta-feira. Procurado pela reportagem, o Supremo informou que isso ocorreu em “função da pandemia e para facilitar o processo de transição na Corte”.

Currículo

Formado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e doutor em Direito Processual Civil pela mesma instituição, Fux ingressou na magistratura em 1983, atuando como juiz nas Comarcas de Niterói, Caxias e Petrópolis. Foi ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de 2001 até 2011, quando foi indicado pela então presidente Dilma Rousseff a uma vaga no STF. O ministro também presidiu uma comissão de juristas responsável pelo anteprojeto do novo Código de Processo Civil. 

A Pública Central do Servidor, entidade unida a outras lideranças nas três esferas e que representa os servidores públicos em todo o Brasil, tem no judiciário a base de sustentação da democracia e da garantia contra os abusos dos que tendem a passar por cima de princípios que só foram possíveis com lutas e sacrifícios de muitas vidas.

Essa orientação se fortalece, principalmente nesses tempos em que a democracia vem sofrendo ataques de todas as ordens por um governo essencialmente totalitário que estende a sua sanha raivosa a todos os que dele divergem, um governo que para resolver os problemas econômicos tem como única estratégia acabar com os serviços públicos prestados para a sociedade e o corte de salários dos trabalhadores públicos,  o que mostra sua total falta de visão de Estado. 

Quando testemunhamos perplexos os esforços de um governo que trabalha para destruir o que foi construído por verdadeiros visionários, mais entendemos a importância do fortalecimento da Justiça que deve andar de mãos dadas com os cidadãos, conduzindo-os para o equilíbrio à luz da igualdade de direitos.

É evidente que o retrocesso anda a passos largos e que o desmonte do judiciário encontra apoio entre desatentos e mal-intencionados, todos misturados numa trajetória que busca consolidar o caos para justificar ações desmedidas e pontuais contra a Democracia. É inaceitável o argumento de que o mal da corrupção e todas as suas mazelas justifiquem e alicercem movimentos que flertam com a desordem, à espreita da ditadura tão homenageada pelo nosso atual Chefe de Estado. 

Assim, o Presidente José Gozze, em nome da Pública, deseja sorte ao novo presidente do STF, que inclusive foi um dos votos contrários à redução salarial dos servidores públicos na recente vitória de 7 a 4, decidindo assim por maioria que tal redução é inconstitucional. Que seja essa uma gestão de preservação da Democracia que é inspiração para o sentido maior da liberdade e a cerne da dignidade humana.

Com informações do Estadão

Fonte: Comunicação/Cal/Pública/2020

Foto: Nelson Jr. / STF

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