Banqueiros e economistas pedem medidas efetivas de combate à pandemia em carta aberta

Grandes economistas e banqueiros do país assinaram e divulgaram no último domingo (21/03) uma carta aberta em que pedem medidas mais eficazes para o combate à pandemia de coronavírus. Entre as quase 300 assinaturas estão ex-presidentes do Banco Central, como Armínio Fraga, Affonso Celso Pastore, Gustavo Loyola e Ilan Goldfajn e ex-minitros da Fazenda, como Pedro Malan, Marcílio Marques Moreira e Ruben Ricupero.

Nomes ligados ao mercado financeiro, como Octavio de Barros (antigo economista-chefe do Bradesco), Solange Srour (economista-chefe do Credit Suisse), José Olympio Pereira (presidente do Credit Suisse) e Pedro Moreira Salles (co-presidente do conselho de administração do Itaú Unibanco) -a família Moreira Salles também controla a CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração) e é dona do Instituto Moreira Salles e da Revista Piauí.

Outros grandes nomes, como Ana Carla Abrão, Bernard Appy, Carlo Góes, Demósthenes Madureira de Pinho Neto, Elena Landau, Flávio Ataliba, Márcio Holland, Marisa Moreira Salles, Octaviano Canuto, Paulo Hartung, Samuel Pessôa, Vinícius Carrasco, entre outros, também aparecem.

Na carta, economistas e banqueiros afirmam que a situação econômica e social trazida pelo agravamento da pandemia é desoladora e pode insurgir uma nova contração da atividade no primeiro trimestre deste ano. Além do ritmo lento e da insuficiência das vacinas no país diante do risco de surgimento de novas cepas do vírus, a carta também traz ponderações sobre a necessidade de limitação da mobilidade e sobre o custo que a pandemia já teve para o Brasil.

O cálculo mostra que a consequente redução da atividade custou uma perda tributária de R$ 58 bilhões só no âmbito federal, enquanto o atraso da vacinação irá custar R$ 131,4 bilhões aos cofres públicos em 2021 em termos de produto ou renda não gerada e supondo uma recuperação retardatária em dois trimestres. “Estamos no limiar de uma fase explosiva da pandemia e é fundamental que a partir de agora as políticas públicas sejam alicerçadas em dados, informações confiáveis e evidência científica. Não há mais tempo para perder em debates estéreis e notícias falsas. Precisamos nos guiar pelas experiências bem-sucedidas, por ações de baixo custo e alto impacto, por iniciativas que possam reverter de fato a situação sem precedentes que o país vive”, afirmaram em carta.

Entre as quatro medidas citadas na carta como indispensáveis para o combate à pandemia, estão a aceleração do ritmo de vacinação, o incentivo do uso de máscaras – tanto com distribuição gratuita quanto com orientação educativa -, a implementação de medidas de distanciamento social e a criação de um mecanismo de coordenação do combate à pandemia em âmbito nacional orientado por uma comissão de cientistas e especialistas.

Confira a carta: https://docdro.id/vaD0MS4

 

Fonte: Paraná Portal/Folha Press
Foto: Freepik

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