Entidades querem mesa de negociação salarial e construção de projeto consensuado para IPE Saúde

 

Representantes da Frente dos Servidores Públicos (FSP), coletivo que reúne cerca de 16 entidades que representam cerca de 80% dos servidores públicos do Rio Grande do Sul, entre elas a Associação dos Servidores da Justiça (ASJ/RS), solicitaram que o Governo do Estado abra uma mesa de negociação permanente a fim de tratar da recomposição salarial do funcionalismo e suspenda o envio do projeto de reformulação do IPE Saúde para a Assembleia até a construção de uma proposta consensuada com as categorias.

A manifestação aconteceu nesta terça-feira (24/04), quando o Executivo deu início ao debate com as categorias sobre a proposta de reestruturação do instituto, tendo como interlocutores o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, o presidente do IPE Saúde, Bruno Jatene, e o secretário adjunto de Planejamento, Governança e Gestão, Bruno Silveira. Entre as medidas contidas na proposta do Executivo está a ampliação da alíquota dos titulares de 3,1%, para 3,6%; a inclusão da cobrança dos dependentes e o aumento de 40% a 50% nos valores da coparticipação em exames e consultas. 

O documento entregue pela FSP à Casa Civil defende que, ao não conceder a revisão geral anual para o reajuste dos vencimentos dos servidores estaduais, as categorias estão empobrecendo o que causa um efeito direto na queda dos percentuais repassados para a manutenção do plano de saúde. A estimativa é de que as perdas salariais ultrapassem 60% se considerados apenas os últimos nove anos. O texto do coletivo argumenta ainda que o envio do projeto do governo ao Parlamento para tramitação em regime de urgência “compromete o debate em tema tão complexo que trará reflexos preocupantes no nosso entendimento para o futuro de toda sociedade gaúcha”.

Paulo Olympio, presidente da ASJ/RS, assinala que o Executivo mostrou disponibilidade  para discutir a matéria durante reunião na Casa Civil. “É preciso que tenhamos uma proposta razoável e consensuada com as categorias, que seja capaz de enfrentar os problemas estruturais, de forma emergencial e a longo prazo, mas sem penalizar os servidores e suas famílias”, aponta.

Foto: Gisele Ortolan

 

 

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