Servidores do Judiciário anunciam fim da greve

 

Depois de um dia tenso e de muita negociação nas bases dos servidores do Judiciário gaúcho, lideranças do movimento anunciaram o fim da greve. A comunicação foi feita oficialmente ao presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, José Aquino Flôres de Camargo, no final da tarde desta quinta-feira (16/7) por representantes do Sindicato e da Associação dos Servidores da Justiça do RS (SINDJUS/RS e ASJ/RS). A decisão foi tomada em assembleia geral, que deliberou por aceitar a proposta de reajuste salarial de 8,13%, em parcela única, apresentada pela Administração do TJRS, nesta manhã. Os servidores retomarão as atividades a partir de segunda-feira (20/7). Agora, a proposição será encaminhada ao Órgão Especial e, após, o Projeto de Lei seguirá à Assembleia Legislativa para apreciação.

O presidente do TJRS considerou que a questão foi tratada de forma fraterna e respeitosa entre as partes. Já o presidente do Conselho de Comunicação Social do Tribunal, Desembargador Túlio Martins, que participou das negociações, declarou ter ficado satisfeito com o desfecho do episódio. "Conseguimos avançar, apoiados nos pontos de convergência e, ao mesmo tempo, respeitando as diferenças. Para o Judiciário são fundamentais a valorização e a defesa do serviço público".

Após o encontro, o presidente da ASJ, Paulo Olympio, destacou a força e emprenho do movimento grevista para a obtenção de um avanço concreto na folha de pagamento. "Quero cumprimentá-los pela persistência, mesmo nos momentos das maiores pressões e das adversidades climáticas. Vocês foram além da busca de vantagens meramente corporativas. Vocês perseguiram o sonho de um Judiciário melhor para todos. Estou contente por ter visto as questões chegarem a bom termo, com concessão de reajuste, anistia pela participação nesta greve e na do ano passado, além da abertura da mesa de negociações para outras matérias. Para mim, foi uma honra poder ombrear com vocês esses dias difíceis", pontuou o dirigente ao lado da diretora Luciane Canella. Segundo ele, o movimento grevista de 2015 contribuiu para resgatar algo muito importante para a classe trabalhadora: a solidariedade, a dignidade e a confiança no outro. "Esta greve deixará sementes, apontando para um momento futuro que se espera não precise mais ocorrer, porém, se acontecer, mostrará que mais e mais servidores da justiça atenderão ao chamado da classe de lutar por dias melhores. Uma classe se torna mais forte quanto mais unida for".

As conquistas da Greve

- Reajuste de 8,13% em uma parcela;

- Anistiar o ponto dos servidores que fizeram greve nos anos de 2014 e 2015;

- Grupo de Trabalho formado por membros da Administração e por representantes das entidades de classe para debater outros temas de interesse da categoria.

 

Com informações do Tribunal de Justiça do RS

Foto: Eduardo Nichele / Divulgação / TJ

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