Servidores do Judiciário mantêm firme movimento reivindicatório

O terceiro grande ato público e assembleia geral dos servidores do Judiciário mobilizou cerca de duas mil pessoas na tarde chuvosa desta terça-feira (15), em Porto Alegre. Os manifestantes realizaram uma caminhada do Foro Central -  ocupando uma pista inteira da avenida Borges de Medeiros -  até a Assembleia Legislativa. O protesto foi mais uma tentativa – vitoriosa - de barrar a votação do PL 93/17 que extingue o cargo de oficial escrevente e deliberar o rumo do movimento paredista. 

Ainda pela manhã, a pressão dos trabalhadores de comarcas de todo o Rio Grande do Sul fez com que o PL 93 fosse retirado da pauta de votação da sessão plenária. Os líderes das entidades sindicais e associativas também informaram aos servidores da justiça sobre as negociações com o presidente do Tribunal de Justiça do RS (TJRS), Carlos Eduardo Zietlow Duro, e abriram espaço de fala para os manifestantes expressarem suas indignações com o descaso que a categoria vem sofrendo.

O presidente da associação dos servidores da Justiça (ASJ), Paulo Olympio, e o tesoureiro geral, Paulo Chiamenti, a diretoria, o ex-deputado do PSOL, Pedro Ruas, e os integrantes do CPERS Sindicato também participaram de todas as atividades do ato público.

Na parte da tarde, os dirigentes sindicais deram início à assembleia geral, na praça da Matriz. Por unanimidade, deliberaram pela manutenção do movimento paredista que já completa seu 22º dia.

Texto e foto: Bruna Oliveira

Equívoco nas contas da Previdência Social gera debates na UG

 

O equívoco nas contas da Previdência Social e o pacote do governo Leite, foram os temas principais da reunião semanal da União Gaúcha em defesa da previdência social e pública (UG). 

Filipe Leiria, vice-presidente do CEAPE Sindicato, relatou os assuntos principais, esclarecendo aos membros da mesa que o governo do Estado se contradiz, pois, há um equívoco nos dados técnicos que não condiz com a realidade. E isso pode deturpar o parecer dos deputados, quando for para a Assembleia Legislativa. 

Uma nota técnica em nome da União Gaúcha, foi elaborada para questionar publicamente o governo Leite, sobre a contradição nos cálculos. Diante dos erros e impropriedades constantes, a UG solicitará a memória dos cálculos técnicos, mediante a lei de acesso à informação. Ainda foi decidido, estabelecer um diálogo com as entidades e expor à população gaúcha os graves erros das contas. 

 “Governador está cobrando de nós, dos trabalhadores, dos servidores públicos. Está tirando da nossa mesa. Agora é momento da UG investir em espaço na mídia e em palavras compreensíveis para conscientizar o povo sobre esses dados mentirosos”, pontuou Celso Malhani de Souza, vice-presidente do Sindifisco. 

Também neste encontro, a UG recebeu a visita da assessoria de imprensa do senador Paulo Paim, que fez um convite à UG para participar do evento que acontecerá do dia 31/10, às 17h30, no Dante Barone da ALRS, denominado Ato em Defesa da Constituição de 1988 e Democracia. 

Cláudio Luís Martinewski, presidente da UG, realizou uma breve atualização sobre a ação civil pública do Ministério Público (MP), que trata dos imóveis do IPE-Saúde e dissertou sobre o Pacote do governo Leite, abrindo espaço para um debate geral.

O presidente da Associação dos Servidores da Justiça (ASJ), Paulo Olympio, integrou a mesa de debates, ao lado do vice-presidente, Luís Fernando Alves da Silva e do tesoureiro geral, Paulo Chiamenti.   

 

 

Texto e foto: Bruna Oliveira

Entidades reúnem-se com o presidente da OAB

Dirigentes de entidades representativas dos servidores da Justiça estiveram reunidos, na manhã desta sexta-feira (11/10), com o presidente da OAB, Ricardo Breier, para tratar das pautas do movimento paredista e da situação da prestação jurisdicional nas comarcas. Na ocasião, Breier pontuou que levará os apontamentos dos servidores para debate interno na Ordem para avaliação de posição. Também participaram representantes do Sindjus e Abojeris.

Segundo o presidente da ASJ, Paulo Olympio, há muitas questões em jogo neste momento que impactam diretamente na vida dos servidores do Judiciário. Uma delas é o PL 93/2017, que trata da extinção do cargo de oficial escrevente e coloca em desigualdade duas categorias de servidores com as mesmas atribuições. “Os servidores não querem estar na praça, querem estar trabalhando. Mas irão ficar porque não se sentem seguros”, ponderou. A situação agrava-se pela indecisão referente ao projeto de lei da recomposição, que tramita sem solução na Assembleia Legislativa há dois anos. Cenário que ficou ainda mais nebuloso após a posição do Supremo Tribunal Federal sobre nas ADIs, o que pode impactar em reposições já concedidas. A preocupação dos servidores também é com relação ao encaminhamento que o Tribunal de Justiça dará quanto ao corte de ponto, uma vez que os servidores já se encontram  em situação difícil com salários congelados há anos.

Crédito: Carolina Jardine

Presidente do TJ entra na negociação com servidores

O presidente do Tribunal de Justiça, Carlos Eduardo Duro, reuniu-se com lideranças das entidades dos servidores da Justiça na noite desta quinta-feira (10/10) no primeiro encontro presencial desde o início do movimento paredista no final de setembro. Na ocasião, os servidores debateram as propostas e pleitos que motivaram a paralisação. O presidente da ASJ, Paulo Olympio, o secretário-geral, Paulo Chiamenti, e lideranças do Sindjus, Cejus e Abojeris trataram do projeto que extingue o cargo de oficial escrevente, alertando sobre os impactos dessa medida nos quadros do Poder Judiciário. Os representantes das entidades reafirmaram na reunião a necessidade de construir uma alternativa ao PL 93/2017 de forma a evitar a criação de um limbo entre escreventes e técnicos. As lideranças esperam uma nova reunião com o presidente do TJ na próxima segunda-feira (14/10), data que antecede assembleia geral agendada com a base da categoria para terça-feira (15/10), quando será definido o rumo do movimento paredista. 

Durante a reunião com o presidente, as entidades ainda abordaram os entraves para aprovação do reajuste da categoria, que tramita na Assembleia Legislativa há quase dois anos. O presidente assegurou que está atento à questão e que mantém tentativas de interlocução junto aos deputados. Também abordaram a questão do auxílio alimentação. “É a primeira vez que o presidente chama as lideranças para tratar claramente dos pleitos que motivaram a paralisação, o que sinaliza um movimento positivo para a categoria”, completou Olympio.

Um dos temas centrais do encontro foi a questão da efetividade dos servidores, que estão sob ameaça de corte de ponto. As lideranças solicitaram uma solução para que os milhares de trabalhadores em greve não tenham prejuízo, ressaltando que muitos já enfrentam dificuldades financeiras em razão do congelamento salarial e da conjuntura econômica. Além disso, reforçou Olympio, muitos têm prestações e empréstimos com desconto em folha que ficarão comprometidas em caso de corte. O coordenador geral do Sindjus/RS, Fabiano Zalazar, também pontuou a importância da retomada de um grupo de trabalho para o estudo e debate da construção do Plano de Cargos e Salários (PCS) para o Judiciário gaúcho.

Durante o encontro com o presidente, também tratou-se dos encaminhamentos das ações diretas no Supremo Tribunal Federal, que segue em julgamento na próxima quinta-feira (17/10) em Brasília. O Presidente também falou sobre a verba de condução dos Oficiais de Justiça.

A reunião ainda contou com a participação das diretoras do Cejus Jusselaine Porto e Kátia Aguiar, do presidente da Abojeris, Sirlan da Rosa Cruz, e do diretor da Abojeris Hélio da Rocha Martins.

Crédito: Carolina Jardine

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