Manifestação desta sexta-feira terá reforço na segurança

A segurança para a manifestação da greve geral marcada para esta sexta-feira (14/06) foi pauta da reunião entre o vice-governador e o secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior, e as entidades sindicais que participarão do movimento. Solicitado na terça-feira (11/06) pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), o encontro contou com a participação de entidades como a Associação dos Servidores da Justiça (ASJ), a União Geral dos Trabalhadores do RS (UGT), a Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS), a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), a Central Sindical e Popular Conlutas, a Força Sindical e a Pública Central do Servidor.

De acordo com o presidente da ASJ e diretor nacional da Pública Central do Servidor, Paulo Olympio, a Reforma da Previdência (PEC 06/2019) é uma das principais bandeiras levantadas na mobilização. “O momento é de luta e a população precisa de explicações sobre as consequências da reforma. Nós percebemos que a maioria das pessoas não tem conhecimento dos prejuízos causados pela PEC. Por exemplo, o benefício do auxílio-saúde vai ficar sem cobertura. Outro ponto é o novo Regime de Capitalização, no qual somente o trabalhador irá contribuir para a sua aposentadoria, isentando o governo e as empresas das parcelas que atualmente lhe cabem”, explica.

Segundo o secretário de Segurança, o governo está preparando o policialmente para manter as manifestações seguras e pacíficas. “Nossas polícias estão mobilizadas para dar o apoio necessário no acompanhamento dos atos, para que todos possam fazer a sua manifestação em segurança e sem violência, assim como para impedir quaisquer obstruções àqueles que decidirem seguir com suas rotinas normais de trabalho”, disse.

Para Olympio, as mobilizações devem seguir de forma tranquila. “Nosso objetivo é reivindicar nossos direitos como servidores e cidadãos, estamos em busca de progresso e não retrocessos”, ressalta. Conforme o presidente, é essencial que a população participe dos momentos de luta e se engaje nos movimentos sindicais. “Toda a participação é bem vinda", afirma.

O ponto de encontro para a mobilização está marcado para o final de sexta-feira, às 18h, na Esquina Democrática. Além do vice-governador e das entidades classitas, também participam da reunião o comandante-geral da Brigada Militar (BM), coronel Mário Ikeda, a chefe da Polícia Civil, delegada Nadine Anflor, o subcomandante-geral da BM, coronel Carlos Alberto Prado de Andrade, o chefe do Comando de Policiamento da Capital (CPC), tenente-coronel Rodrigo Mohr Picon, e o chefe de operações da BM, tenente-coronel Vanius Cesar Santarosa. 

Com informação da Secom - Secretaria de Comunicação do Rio Grande do Sul.

Crédito da foto: Rodrigo Ziebell/SSP

 

ASJ APOIA A GREVE DO DIA 14 DE JUNHO

A ASJ informa a seus associados e à sociedade em geral que apoia a greve do dia 14 de junho e convida todos a participarem.

O movimento é justo e busca derrotar a PEC 06/2019, que visa destruir a previdência social pública e solidária, substituindo-a por um regime de capitalização que não deu certo em países onde foi instituída, sendo a população chilena a maior testemunha do desacerto dessa escolha política.

A proposta tem inúmeros dispositivos que retiram direitos construídos durante décadas de lutas da classe trabalhadora, além de reduzir o valor das aposentadorias, mesmo as já concedidas, mediante a cruel recomposição de apenas parte da inflação anual, desprezando a garantia da remuneração sem perda de valor real. Tem muito mais prejuízos. Não traz nenhum benefício novo e destrói os já definidos na constituição e nas leis.

A ASJ, irmanada com a PÚBLICA – CENTRAL DO SERVIDOR e 12 Centrais Sindicais, está nesta luta!

Dia 14 de junho, todos contra a reforma da previdência!

 

União Gaúcha adere à Greve Geral do dia 14 de junho

Nota Pública

A União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública vem manifestar seu apoio à Greve Geral que está sendo organizada para o dia 14 de junho, contra a Reforma da Previdência.

O movimento social se legitima porque a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 06/19) propõe significativas alterações no sistema de previdência social do País que podem implicar a extinção do modelo atual, com sensíveis prejuízos aos trabalhadores da iniciativa privada, servidores públicos, aposentados, pensionistas, beneficiários e à sociedade como um todo, pela pauperização da sua população, com reflexos sociais graves.

A par da ausência de disponibilização de dados socioeconômicos necessários a um debate profundo, sério e honesto quanto as consequências das mudanças propostas, em especial o custo da transição, estimado em pelo **menos R$ 6 trilhões, a “Nova Previdência” apresenta inconstitucionalidades por violação do constitucionalismo social, causando retrocesso no processo de evolução social ao pretender desconstitucionalizar as regras de proteção, mantendo unicamente constitucionalizada a regra da capitalização individual, extinguindo o sistema de custeio tripartite que sustenta e sempre sustentou os modelos previdenciários, o que contraria inclusive estudo da Organização Internacional do Trabalho – OIT que afirma categoricamente que o experimento da privatização da previdência em pelo menos 18 países fracassou, causando impactos sociais e econômicos negativos.

Nesse sentido, somamo-nos às várias manifestações de diversas entidades que possuem profundo compromisso com o Estado Democrático de Direito, com os fundamentos e valores constitucionais republicanos de dignidade da pessoa humana, da construção de uma sociedade justa e solidária, da erradicação da pobreza e da marginalização e da redução das desigualdades sociais, como as materializadas nas notas contrárias à proposta do Conselho Federal de Economia (COFECON), CNBB, IECLB e MPF–Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, dentre outras.

União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública

 

** De acordo com estudos da OIT

 Reproduzido do site da União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública

 

Centrais unidas na Greve Geral

Diversas centrais sindicais reuniram-se na sede da Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do RS (FECOSUL), na manhã desta quarta-feira (12/6), para organizar os detalhes finais e para divulgar, durante coletiva de imprensa, a Greve Geral agendada para o dia 14 de junho. A Greve, que inicia a partir da meia-noite do dia 14, tem o objetivo de mostrar a inconformidade dos trabalhadores em relação à proposta do governo para a Reforma da Previdência.

Estão previstos atos na Esquina Democrática, em Porto Alegre, a partir das 17 horas, e na frente dos prédios da UFRGS, também na capital. No Rio Grande do Sul, várias cidades terão movimentos de apoio à Greve, inclusive nas áreas rurais, com o apoio da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no RS (FETAG) e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do RS (FETRAF).

O presidente da Associação dos Servidores da Justiça do RS (ASJ) e diretor nacional da Pública Central do Servidor, Paulo Olympio, disse que “não está sendo explicada a outra ponta que vai surgir em cima da transferência do sistema de Previdência Social solidária, como temos, para a capitalização”, reforçando a importância de informar a população sobre a Reforma. Ele também explicou a capitalização e afirmou que “o novo trabalhador vai passar para o fundo de capitalização e ninguém contribuirá para o sistema antigo". Segundo ele, o modelo proposto vai abrir uma fresta muito grande que, em alguns países, chegou a representar  1.2 PIBs nacionais. "Esse rombo deve retornar para a sociedade", completou.

“Enchemos o saco dessa história que tirar os direitos vai resolver”, afirmou o representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Claudir Nespolo, durante a coletiva. Ele pontuou que os defensores da reforma trabalhista também alegavam que iria melhorar o cenário econômico após a reforma, fato que, segundo ele, não ocorreu.

A Greve será um movimento conjunto das centrais sindicais e dos movimentos sociais e estudantis. Contará com o apoio dos metroviários, além de possível adesão do setor rodoviário. Nas últimas semanas, em torno de 150 assembleias foram realizadas nas maiores fábricas instaladas no Estado, dos setores calçadista e das indústrias química, metalúrgica e de alimentação, além de discussões na rede da educação, tanto pública quanto privada.

A representante da CSP Conlutas, Rosane Oliveira, alegou que a Greve é fruto da “decisão de derrotar a política do governo de atacar os direitos”. Os representantes das centrais aconselham a população a ficar em casa na sexta-feira (14/6), uma vez que parte do transporte público não funcionará, e afirmam que as centrais estão unificadas em nível nacional contra a Reforma.

 

Crédito: Audrey Erichsen

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