Presidente do Conselho do IPE assume com foco em reestruturação

O vice-presidente da ASJ, Luís Fernando Alves da Silva, assumiu a presidência do Conselho Deliberativo do IPE na tarde desta quarta-feira (28/6), junto com o seu vice, o conselheiro Álvaro de Medeiros, da Brigada Militar. O servidor do Judiciário é representante da União Gaúcha e já estava presidindo a mesa desde o afastamento do presidente Cláudio Martinewski.  Durante a solenidade de posse, Alves da Silva pontuou que esta será uma gestão de muito trabalho, ressaltando que a pauta prioritária será o andamento do anteprojeto que prevê a reorganização do IPE Saúde. O texto tramita na Casa Civil e traz mudanças nas leis 12.066 e 12.134, ambas de 2004,  “Sempre defendemos a qualificação do IPE Saúde e trabalharemos para atender da melhor forma os segurados”, destacou.

Estiveram presentes na posse o presidente da ASJ, Paulo Olympio, a 2ª vice presidente, Dione Burlamarque, e o secretário-geral da ASJ, Paulo Chiamenti. Também marcaram presença o presidente da Ajuris, Gilberto Schäfer, e o desembargador Cláudio Martinewski. A eleição da nova diretoria do Conselho Deliberativo do IPE ocorreu no dia 21 de junho e foi realizada, excepcionalmente, com voto aberto. A chapa única recebeu sete votos favoráveis, dois contrários e um voto em branco.

 

Comissão de Finanças avalia parecer de relator sobre Orçamento 2018

 

A Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa aprecia, na reunião desta quinta-feira (29/06), o parecer do relator Juvir Costella sobre todas as emendas referentes ao Orçamento de 2018. Entre elas, está a emenda nª 58, apresentada pela União Gaúcha e que resguarda os direitos dos Poderes de conceder reposição inflacionária aos salários de seus funcionários dentro do limite previsto. Contudo, o parecer já divulgado pelo relator indica contrariedade em relação ao pedido dos servidores.

Segundo o presidente da ASJ, Paulo Olympio, que esteve na Assembleia articulando a questão com deputados e estará presenta da reunião desta quinta-feira, o momento é de mobilização na tentativa de sensibilizar os deputados sobre a necessidade de reverte a posição defendida pelo relator. “A ASJ é contrária ao congelamento de salários, que corrói o poder de compra do servidor e castiga quem mais trabalha pelo desenvolvimento do país. Não aceitar a emenda proposta é um duro golpe contra o funcionalismo”.

Veja abaixo o texto da emenda e o respectivo parecer.

 

 

Projeto de Lei nº 78/2017

 

Emenda nº 58

UNIÃO GAUCHA EM DEFESA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E PÚBLICA + 1 Entidade(s)

Altera o "caput" do Artigo 36 do Capítulo V. 

 

Altera o "caput" do Artigo 36 do Capítulo V das Disposições Relativas à Política de Pessoal, ficando como segue: "Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública terão como limite na elaboração de suas Propostas Orçamentárias para 2018, para o grupo de natureza da despesa pessoal e encargos sociais, na fonte de recursos Tesouro-Livres, o conjunto das dotações fixadas na Lei Orçamentária de 2017, com as alterações decorrentes dos créditos suplementares e especiais sancionados até 30 de abril de 2017, acrescidos de 6,94% (três inteiros por cento) de correção, considerando incluída nessa correção o disposto nos arts. 40 e 41 desta Lei." 

 

JUSTIFICATIVA

Destaque-se que a LDO é um instrumento de planejamento que detalha os critérios para elaboração do orçamento anual. Na fase de elaboração cabe garantir o cumprimento da Constituição Estadual em seus diversos aspectos. As possibilidades de executá-la vão depender das políticas públicas adotadas tanto na receita como na despesa durante o exercício de 2018 e vão se materializar no orçamento executado naquele ano. Não cabe, a priori, mesmo num contexto de escassez de recursos e diante de um conjunto de incertezas em relação ao desempenho da economia em 2017, limitar o cumprimento dos mandamentos constitucionais. 

O índice de inflação no período de maio/2016 a abril/2017, tomando-se o IPCA, foi de 3,94%, que somados ao crescimento vegetativo atinge os 6,94% indicados nesta emenda. 

A CE em seu art. 33, § 2º assegura que "O índice de reajuste dos vencimentos dos servidores não poderá ser inferior ao necessário para repor seu poder aquisitivo. " Portanto, é necessário permitir a recomposição das dotações de pessoal e encargos sociais conforme a inflação apurada no período. 

Confiando na aprovação, como medida de inteira justiça aos servidores e garantia da higidez do serviço público, subscrevem, 

 

UNIÃO GAUCHA EM DEFESA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E PÚBLICA 

ADPERGS Associação dos Defensores Públicos do RS

 

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PARECER DO RELATOR DEPUTADO JUVIR COSTELLA

 

Emenda nº 58: Contrário 

 

O grupo de natureza de despesa pessoal e encargos sociais, certamente, é o que mais pressiona as finanças públicas estaduais, não somente por exigir maior volume de recursos, mas por se constituir em componente de elevado grau de rigidez. Nesse sentido, a proposição de condicionar a correção das dotações com alteração até 30 de abril de 2017 em 6,94% produz uma expectativa que não se apresenta como exequível diante da situação econômica e financeira do Estado. Torna-se importante salientar que em 2016 o gasto com o grupo pessoal e encargos sociais de todos os poderes e órgãos atingiu 73,1% da RCL, absorvendo 83,4% da principal receita Estadual - ICMS. Dessa forma, condicionar a correção das contas de pessoal e encargos sociais no percentual pretendido, para o exercício de 2018, acena com uma possibilidade de difícil consecução material diante das previsões de comportamento da economia. Maior constatação é de que a receita não é suficiente para manter o pagamento da folha em dia.

 

Foto: Vinicius Reis/AL

CCJ confirma votação da reforma trabalhista dia 28

O PLC 38/2017, que trata da reforma trabalhista, vai ser votado no próximo dia 28 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A confirmação foi feita em reunião ocorrida nessa quarta-feira (21/6), depois de quase duas horas de discussão entre oposicionistas e o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), que também é o relator da proposta no colegiado. Ficou definido ainda que haverá duas audiências públicas sobre o tema em 27 de junho.
     
Conforme o acordo, no dia 28 haverá uma reunião extraordinária com início às 9h45min para leitura dos votos em separado ao relatório lido nessa quarta que forem apresentados. A leitura será feita até às 16h. A partir daí, será iniciada a fase de debates, com dez minutos de discussão para cada senador. A seguir, será feita a votação, que será precedida dos encaminhamentos.
     
A preocupação do líder governista era não deixar que os trabalhos fossem atrasados ou que a votação não ocorresse no dia 28. A oposição, por sua vez, insistia na importância de se garantir aos parlamentares tempo para discussão de um tema considerado tão relevante.

Fonte: Agência Senado
Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado

Relatório da reforma trabalhista é rejeitado em comissão do Senado

Em uma derrota para o governo de Michel Temer, o relatório da reforma trabalhista foi rejeitado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal no início da tarde dessa terça-feira (20/6). O relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB) recebeu 10 votos contrários e 9 a favor. O resultado é uma derrota para a base governista, que encampava a defesa da reforma trabalhista. Mesmo assim, a proposta segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Um projeto só é arquivado e tem sua tramitação encerrada quando é rejeitado por duas comissões. A reforma já foi aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Se aprovada na CCJ, vai a plenário. 
    
Criticado por entidades ligadas aos trabalhadores, o PLC 38/2017 estabeleceria, entre outros, a possibilidade do "negociado sobre o legislado". Com isso, sindicados e empresas poderiam negociar diversos itens dos contratos de trabalho, sem possibilidade de contestação posterior na Justiça do Trabalho.

Fonte: Carta Capital
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Edição: Letícia Breda

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