TJ elege novo presidente nesta segunda-feira, confira entrevista completa com os presidenciáveis


Crédito: Stéphany Franco

Nesta segunda-feira (02/12), o Tribunal de Justiça do RS (TJ) elege o seu novo presidente para o biênio 2020/2021. Concorrem à presidência do Poder Judiciário gaúcho, os desembargadores Denise Oliveira César e Voltaire de Lima Moraes. Veja aqui, em entrevistas concedidas a ASJ, um pouco de suas propostas se eleitos.

Denise Oliveira Cezar - Formada em Ciências Jurídicas e Sociais pela PUC/RS, a desembargadora Denise Oliveira Cezar atuou como advogada até assumir o cargo de pretora. Anos mais tarde, assumiu como juíza de Direito tendo atuado em Pelotas, Faxinal do Soturno, São Borja e Canoas. Exerceu a função de juíza-corregedora e foi promovida a desembargadora em 2008. Atuou como membro eleito no Órgão Especial, integrou o Conselho de Administração, Gestão e Planejamento e presidiu a Comissão de Enfrentamento ao Assédio Moral (2015/2017). É mestre em Direito Constitucional e Doutora em Direito (2011) pela UFRGS e exerceu a Presidência da AJURIS (2006/2007).

Crédito: Eduardo Nichele

Qual é o principal desafio para a gestão do biênio 2020-2022?

Denise Oliveira Cezar -  São muitos os desafios, destaco três que considero os mais relevantes, a manutenção do orçamento do Poder Judiciário e da regularidade das dotações orçamentárias; a finalização da implantação do processo eletrônico e a reorganização do quadro funcional, que está sofrendo gravemente os impactos das reformas federal e estadual, previdenciária e administrativa.

Como a senhora vê o atual momento do Judiciário gaúcho?

Denise - De um lado, o Poder Judiciário do Rio Grande do Sul está em intensa modernização e mantém sua excelência, o que é sempre motivo de orgulho. Por outro lado, enfrenta dificuldades decorrentes da negativa condição financeira do Estado e de reformas de Estado que trazem intranquilidade aos juízes e servidores. Então, o momento é bom sob determinados aspectos e desafiador sob outros. 

Quais serão suas prioridades se eleita presidente?

Denise - Manter a qualidade dos serviços judiciais e aprimorar as estruturas existentes, intensificar a comunicação interna com servidores e magistrados para incentivar e valorizar as atividades que desempenham, e externa, com a sociedade em geral, para que as atividades judiciais sejam conhecidas e valorizadas e ainda intensificar a representação institucional. 

Em relação aos servidores do Judiciário, quais são as pretensões e projetos da sua candidatura?

Denise - Nosso propósito é valorizar os servidores, por meio de qualificação, atenção à saúde e adequada remuneração, e manter diálogo aberto e construtivo.

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Voltaire de Lima Moraes - Natural de Cachoeira do Sul (RS), o Desembargador Voltaire de Lima Moraes formou-se em Direito pela Ufrgs, em 1977. É mestre e doutor em Direito pela Pucrs. Ingressou no Ministério Público em 1980, tendo atuado como Promotor de Justiça nas comarcas de Ibirubá, Cerro Largo, Espumoso, Uruguaiana, Esteio e Porto Alegre. Promovido a procurador de Justiça, foi procurador-geral de Justiça por duas gestões. Foi, também, presidente do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça e da Confederação Nacional do Ministério Público. Foi promovido a desembargador em 1998 e atuou como 2º vice-presidente na gestão 2010-2012. Também foi diretor da Ajuris e professor na Faculdade de Direito da Pucrs.

Crédito: Carolina Jardine

Qual é o principal desafio para a gestão do biênio 2020-2022?

Voltaire de Lima Moraes - Pretendemos tornar o Poder Judiciário mais conhecido, mostrando a sua importância em um estado democrático de direito, com uma interlocução permanente com a sociedade. Vamos pisar fundo nesse item para mostrar a realidade. É preciso avaliar que há uma disposição constitucional que é o princípio da razoável duração do processo. Mas existem questões que impedem que esses processos tenham uma tramitação normal, como a falta de magistrados e servidores. Vivemos nesse dilema. 

Como o senhor vê o atual momento do Judiciário gaúcho?

Moraes - Acho que o Judiciário brasileiro está passando por um profundo questionamento que decorre dos conflitos envolvendo o poder econômico e político e, na medida em que ele decide a respeito dessas relações, acaba causando mal estar em algumas pessoas que detém esses poderes. Acima de tudo, o magistrado tem que ser um ser sem medo e agir com independência.

Quais serão suas prioridades se eleito presidente?

Moraes - Temos vários projetos para mostrar todo o trabalho que é realizado nas mais diferentes atividades jurisdicionais. Temos que colocar o Judiciário em condição de ter um bom orçamento, valorizar os magistrados e os servidores de forma a tornar a entrada no Judiciário estimulante. Com um plano de carreira organizado, as pessoas vão querer fazer concurso. Se eleito, alguns vão se surpreender com algumas medidas, porque levam em consideração a importância do Poder Judiciário, a valorização da magistratura e dos servidores e isso inclui trabalhar em local adequado, com boas instalações, ambiente de trabalho e valorização carreira, relações e capacitação.

Em relação aos servidores do Judiciário, quais são as pretensões e projetos da sua candidatura?

Moraes - Quero retomar a ideia básica do Plano de Carreira e Salários que desenvolvemos na gestão do presidente Leo Lima. Claro que há adequações que precisam ser feitas. Como o plano foi fatiado, vamos tentar recuperar e levar em consideração mudanças no plano tecnológico, como o uso do Themis e do e-proc. Há adaptações até do ponto de vista legal já que há reformas e PEC tramitando. Vamos parar, olhar e ver o que podemos levar em frente.

A questão de recomposição é um dos pontos que iremos atacar. Mas é bom lembrar que às vezes o presidente encaminha um Projeto de Lei à Assembleia e ele precisa ser trabalhado do ponto de vista político, além de ter uma interlocução com o Executivo também.

 

Crédito: Stéphany Franco

ASJ participa da cerimônia de protocolo da PEC 286/2019

Na última terça-feira (26), o presidente da ASJ, Paulo Olympio, juntamente com o tesoureiro geral, Paulo Chiamenti, participaram da cerimônia de protocolo da PEC 286/2019, da data base, pela deputada estadual Juliana Brizola (PDT), juntamente com o presidente da AL, o deputado, Luís Augusto Lara (PTB). A PEC estabelece uma data fixa para a negociação dos servidores com foco nas reposições inflacionárias. O evento contou com a presença de dezenas de entidades do serviço público.

A mesma trata da alteração do artigo 33 e seu parágrafo 1 da Constituição Estadual, que passa a ter a seguinte redação:

“Art. 33 - Os servidores da administração direta, autarquias e fundações públicas terão isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhados com os servidores dos Poderes Legislativo e Judiciário, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho. § 1.º - A remuneração dos servidores públicos, civis e militares, ativos, inativos e pensionistas do Estado, os subsídios dos membros de qualquer dos Poderes, do Tribunal de Contas, do Ministério Público, dos Procuradores, dos Defensores Públicos, dos detentores de mandato eletivo e dos Secretários de Estado, estabelecidos conforme o § 4º do art. 39 da Constituição Federal, somente poderão ser fixadas ou alteradas por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, sendo assegurada através de lei de iniciativa do Poder Executivo a revisão geral anual da remuneração de todos os agentes públicos, civis e militares, ativos, inativos e pensionistas, sempre no dia 1º de março de cada ano e sem distinção de índices, respeitando o direito à negociação coletiva. ......”

O texto contém mais alterações, o associado da ASJ que desejar saber mais poderá acessar o link abaixo: 

 

http://proweb.procergs.com.br/Diario/DA20191127-01-100000/EX20191127-01-100000-PEC-286-2019.pdf

Texto e foto: Bruna Oliveira

ASJ e Sindjus protocolam ofício sobre compensações

O presidente da ASJ, Paulo Olympio, o tesoureiro geral, Paulo Chiamenti e o coordenador geral do Sindjus, Fabiano Salazar, entregaram na última segunda-feira (25), um pedido de reconsideração para administração do TJRS contra o trancamento dos planos de trabalho para compensação encaminhado por alguns servidores para a corregedoria examinar.

“O entendimento da ASJ é que existe espaço para que os trabalhadores sejam incluídos na folha suplementar de 10/12, mesmo que o plano tenha alguma imperfeição, dando-se tempo para consertá-lo, de forma que se não houver a retificação, aí sim seja estornado, no final de dezembro, o valor anteriormente pago”, diz Paulo Olympio. 

O importante, no presente momento, é não deixar ocorrer atraso na implantação do pagamento destes servidores de modo que eles não fiquem fora da folha suplementar em que pese ser, num primeiro momento, constatada alguma incongruência facilmente retificável a posteriori. 

Por outro lado, na terça-feira (26), ocorreu uma agenda com o Desembargador Almir Porto das Rocha Filho, Segundo Vice-Presidente do TJ, para esclarecimentos sobre o andamento do expediente do auxílio alimentação eis que o Desembargador preside a Comissão do COJE.

(Confira a íntegra abaixo)

 

Texto: Bruna Oliveira

Foto: Arquivo ASJ

União Gaúcha avalia audiência pública e pacote previdenciário

Na manhã desta segunda-feira (25/11), na sede da Ajuris, a União Gaúcha em Defesa Da Previdência Social Pública (UG) avaliou o pacote, proposto pelo governador do RS, Eduardo Leite,  que altera as regras previdenciárias do funcionalismo público e a audiência pública sobre o IPE-Saúde, realizada na última quinta-feira (21/11) na Capital.

A avaliação deu-se como importante e positiva, no sentido de cobrar do governo do Estado os repasses atrasados e a necessidade de estruturação da autarquia. O vice-presidente da Associação dos Servidores da Justiça (ASJ), Luís Fernando Alves da Silva, relatou que a audiência serviu como relatório, bem como, expor os pontos precários do IPE-Saúde e ouvir os prestadores de serviços, afim de promover a união entre os dois lados para o melhor funcionamento do instituto. O vice-presidente ainda relatou sobre mais uma ausência por parte do presidente do IPE-Saúde, Marcus Vinicius de Almeida, nos debates com os interessados.

O vice-presidente do Ceape, Filipe Leiria, contextualizou os movimentos contrários que surgiram após a divulgação do pacote Leite e estratégias a serem adotadas para conter a iniciativa do governo.

O presidente da ASJ, Paulo Olympio, também esteve presente no encontro.  

Texto e foto: Bruna Oliveira

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